OPINIÃO: Quando falamos em inovação, a maioria das pessoas pensa
imediatamente em avanços tecnológicos, novos produtos e novos processos
industriais. Mas o conceito de inovação, tomado em sua totalidade, é bem mais
abrangente. Inovar é inventar, criar caminhos diferentes, encontrar soluções
inéditas para novos e velhos problemas. E no mundo informatizado, rápido e globalizado em que vivemos, a disposição e a capacidade de buscar
alternativas mais eficientes, baratas e sustentáveis tornaram-se determinantes
para o sucesso frente a cada desafio. Isso vale para empresas e profissionais
da iniciativa privada. Mas vale também, e principalmente, para a administração
pública. É o que temos hoje no Espírito Santo.
Desde o início do nosso mandato, o estímulo à inovação passou a ser
prioridade para o governo. No primeiro momento, investimentos e esforços
foram direcionados para uma verdadeira revolução na gestão do Estado:
incorporamos ferramentas tecnológicas, adotamos novos modelos de
planejamento e organização, informatizamos processos e serviços públicos.
Passo seguinte, investimos no apoio a projetos e iniciativas inovadoras
voltados também para o estímulo à modernização e diversificação da economia
estadual. Assim, de um lado, ganhamos em eficiência, rapidez e transparência
na administração, enquanto do outro construímos a base necessária para
sustentar um salto de desenvolvimento econômico e social.
Esse esforço de modernização do Estado já mostra resultados
expressivos na vida dos moradores e na própria dinâmica do governo.
Eliminamos entraves burocráticos, reduzimos as despesas de custeio e
ampliamos o alcance e a rapidez dos serviços prestados à população. Agora, é
o apoio ao desenvolvimento de projetos inovadores que ganha reconhecimento
e aplauso do país. De acordo com o Conselho Nacional das Fundações de
Amparo à Pesquisa (Confap), fomos o terceiro estado brasileiro que mais
investiu em pesquisa e inovação no ano passado, atrás apenas de São Paulo e
Rio de Janeiro. Resultado que ganha peso ainda maior, se considerarmos as
dimensões territoriais, populacionais e econômicas do Espírito Santo. E os
frutos desses investimentos já estão sendo colhidos tanto no setor público
quanto na iniciativa privada.
Entre os vários e importantes projetos aprovados e financiados pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) destaca-se, por
exemplo, o desenvolvimento de fachadas ventiladas, que garantem eficiência
energética, tecnológica, arquitetônica e estética às construções residenciais e
comerciais. E outro dos diferentes projetos inovadores a serem explorados pela
iniciativa privada desenvolve tecnologia capaz de converter os atuais veículos a
combustão em automóveis movidos a eletricidade. Já entre as inovações
propostas por startups e que podem ser utilizadas direta e imediatamente pela
administração pública, destaca-se o modelo tecnológico de controle de jornada
dos pacientes internados em hospitais, da entrada até a alta.
Há um teste rápido para detectar o novo coronavírus, com sensibilidade
superior a 90% e capacidade de fornecer resultados confiáveis em cinco
minutos. Outro projeto estabelece estratégias eficazes para detecção precoce e
monitoramento do câncer bucal. E para ficar apenas na área da saúde, o jogo
virtual “O mundo de Augusto”, já disponível gratuitamente nas lojas de
aplicativos para smartphones, leva às crianças, de forma lúdica, informações
sobre hábitos de higiene e comportamento social fundamentais para a
prevenção da Covid-19. São alguns exemplos, pinçados entre os muitos
projetos que mereceram o patrocínio do governo estadual. E o setor de
pesquisa ainda conta com recursos destinados ao financiamento de bolsas de
mestrado e doutorado em áreas estratégicas para o desenvolvimento do
estado.
Segundo o chamado Manual de Oslo, editado pela Organização para a
Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE), não basta nova
aparência para haver inovação: é necessário que o processo, produto ou
serviço apresente melhorias significativas em sua concepção e em suas
características. Pois hoje, no Espírito Santo, nosso foco está direcionado para
a pavimentação de caminhos inéditos, que possam garantir de maneira rápida
e eficaz alternativas ainda melhores para moradores e empreendedores
capixabas. Com incentivos a startups atentas aos desafios do futuro e às
necessidades da população, o apoio à pesquisa nos mais diferentes campos e
a rápida e consistente incorporação de tecnologia de ponta ao dia a dia do
governo, consolidamos o alicerce seguro para receber o futuro. E com base
nesse alicerce, o estado se organiza para assumir posição de destaque
nacional na retomada das atividades produtivas, depois de superada a
pandemia.