JAGUARÉ: A Polícia Civil do Espírito Santo e a Polícia Militar realizaram nesta segunda-feira, 12, o projeto Ação de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. O projeto é uma realização da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher – Deam, através do Deam Itinerante, todas as delegacias especializadas de Atendimento à Mulher do Estado e a Patrulha Maria da Penha.
Durante o dia um ônibus da Polícia Civil ficou estacionado na praça em frente à Prefeitura. O ônibus é uma Delegacia Móvel com condições de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, ou mulheres que foram vítimas de crimes contra a dignidade sexual. O ônibus tem condições de atendimento da mesma forma que uma delegacia fixa. No veículo funciona um cartório com 3 guichês para atendimento, uma sala para a autoridade (geralmente uma delegada), sala essa que também serve para os psicólogos atenderem mulheres vítimas de violência doméstica.
Prevenção e conscientização
A Delegacia Móvel também possui um servidor de internet, sala para escrivães, cozinha, banheiro, beliche para duas pessoas, além de cofre utilizado para o caso de apreensão de dinheiro, armas e munições e cela para detenção de violadores da lei. A delegada chefe de Polícia Civil em Jaguaré, Gabriela Zaché, destaca o caráter de conscientização da ação.
“Nós estamos fazendo ações importantes de prevenção sobre violência doméstica. Estamos passando em todas as escolas do município entregando panfletos informativos, fazendo palestras sobre o assunto e, inclusive passamos em todo o comércio com distribuição de panfletos. Jaguaré, assim como todos os municípios do Estado tem um alto índice de violência doméstica. Então, é muito importante esse trabalho preventivo de conscientização e sobre os meios como denunciar pra auxiliar as mulheres que estão vivendo essa situação”, destacou a delegada.
Palestras
A lei considera violência contra a mulher qualquer ação ou omissão contra a mulher que resulte em morte, lesão ou sofrimento físico, sexual ou psicológico, além de dano moral e patrimonial. Em Jaguaré, o Centro de Referência em Assistência Social – Creas atende cerca de 80 mulheres, vítimas de todos os tipos de violência praticadas contra a mulher: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Com o tema “Viver Sem Violência é um Direito de Todas as Mulheres” os policias civis e militares realizaram palestras nas escolas explicando os tipos de violências. A orientação ocorreu nas escolas EEEM Pedro Paulo Grobério, Emef Marciano Altoé, Emef Orélio Caliman, Emef Patrimônio Nossa Senhora de Fátima, ECORM de São João Bosco e EEEFM Irma Tereza Altoé. Os alunos foram orientados sobre como realizar denúncias através dos números disponíveis como o 190 em caso de urgência, disque-denúncia 181 e a Central de Atendimento à mulher, 180.
Em nível nacional
As ações para o Enfrentamento à Violência Contra a Mulher ocorrem em âmbito nacional, durante parte do mês passado e setembro. A ação faz parte da Operação Nacional Maria da Penha, que é comandada pelo Ministério da Justiça, por meio da Secretaria de Operações Integradas – Seopi e, no Estado, tem a coordenação operacional da delegada chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher da Polícia Civil, Dra. Cláudia Dematté.
Em Jaguaré, a ação contou com a integração e apoio da Prefeitura Municipal e faz parte do Projeto “Divisão Especializada de Atendimento à Mulher e Deams Itinerante”, sob gerência e coordenação da Delegada Chefe da Divisão, Dra. Cláudia Dematté e participação Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar.
A Equipe realizou atendimento às mulheres, bem como orientaram e dialogaram com a população e alunos das escolas do município sobre a Lei Maria da Penha e o enfrentamento à Violência Contra a Mulher. O objetivo é trabalhar com prevenção, esclarecer dúvidas sobre a Lei e os tipos de violência contra a mulher, além de conscientizar sobre a cultura machista ainda existente na sociedade e aproximar a Polícia da População.
Tipos de agressões
Física: Socos, chutes, agressões com armas e objetos, feminicídio, tortura etc
Psicológica: Humilhação, ameaças, vigilância constante, perseguições etc
Sexual: Sexo forçado, impedir o uso de método contraceptivos, força uma gravidez etc
Virtual: Divulgar compartilhar fotos e vídeos íntimos pela internet sem autorização da mulher etc
Moral: Xingamentos, injurias, calunias, difamações etc
Patrimonial: Quebrar celular e objetos pessoais, rasgar fotos, quebrar moveis, rasgar roupas, subtrair recursos etc