JAGUARÉ: Em um momento em que toda a população da Capital do Conilon clama por mais segurança a Prefeitura de Jaguaré desperdiça R$ 3 milhões que poderiam fazer grande diferença no combate à criminalidade. São câmeras de vídeomonitoramento que estão sendo vandalizadas e destruídas há anos, sem que se dê uma resposta a população deste desperdício do dinheiro público.
Há mais de quatro anos o Município foi contemplado pelo Governo do Estado com 11 Câmeras de Videomonitoramento que representaram um investimento de mais de R$ 3 milhões. Neste convênio competia ao Estado a instalação e manutenção dos equipamentos por dois anos. Ao Município compete manter profissionais para monitoramento das imagens. O local foi instalado no Batalhão da Polícia Militar e deveria funcionar 24 horas, sete dias por semana.
Especialistas estimam que uma única câmera de videomonitamento, em funcionamento correto, represente o mesmo efetivo de vinte policiais nas ruas. Cada câmera foi instalada a um custo médio de R$ 30 mil.
Os primeiros vandalismos nas câmeras de videomonitoramento começaram a ser registrados em janeiro de 2017. “Ora, se tem gente monitorando, como alguém que consegue colocar uma escada embaixo de um painel destes e colocar fogo? Isso levou quase meia hora: Ninguém viu?” – questionou um morador em reportagem da época publicada no jornal Folha Acadêmica. Na época a Prefeitura de Jaguaré não retornou os contatos da reportagem.
Em outra reportagem, do Jornal O Conilon, de junho/2017, o então prefeito interino, Ruberci Casagrande, relatou que encontrou a central de videomonitoramento totalmente abandonada e com vazamentos de água que comprometiam os equipamentos de gravação da central. “Pelo que me relataram logo depois de reeleito o Rogério mandou todo mundo embora, ficando só aquelas que estavam gestantes. Ora câmaras pra vigia a Cidade e ninguém pra monitorar as câmeras, serve de quê?”- questionou. Ruberci citou ainda que contratou pessoal para a central voltasse a operar 24 horas, sete dias por semana.
A reportagem do Jornal O Conilon solicitou informações à Prefeitura de Jaguaré sobre a atual situação das câmeras e da central de videomonitoramento, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.