“Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: ‘O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram imprevidentes e as outras cinco eram previdentes. As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. O noivo estava demorando, e todas elas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. E aí se demonstrou quem eram as previdentes e as imprevidentes” (cf. Mateus 25,1-7)
Estamos no 32º Domingo do Tempo Comum, estamos caminhando para a conclusão do nosso Ano Litúrgico. São três momentos finais que vamos ver nos próximos domingos, até a celebração da Solenidade de Cristo, Rei do Universo. Por isso, Mateus propõe três parábolas para nos preparar para esses momentos finais do ano litúrgico; estamos numa conclusão.
Mateus, no capítulo 25, apresenta então essas dez jovens, apresenta a demora do esposo. Essa demora do esposo, aqui, remete-nos o problema da comunidade cristã lá das origens: a demora da parusia, a promessa de Jesus de voltar e a comunidade naquela expectativa da vinda de Jesus.
As comunidades estavam, inicialmente, muito entusiasmadas, pensando que Jesus voltaria em poucos anos, mas as coisas continuaram do mesmo jeito, muitos entraram em crise, muitos desanimaram porque Ele não voltava, deixaram o caminho, ficaram até mesmo decepcionados com o próprio Senhor, frustradas. Então, a comunidade viveu esse drama, de uma certa frustração pela não vinda de Jesus, a vinda definitiva.
Quando o Senhor virá, não sabemos, não nos foi dado nem o dia nem a hora; a nós cabe permanecermos fiéis
Mateus apresenta as cinco jovens sábias e as cinco jovens imprudentes. As cinco sábias adormecem, mas elas estão prontas; as cinco imprudentes adormecem também, mas não tinham o óleo, não tinham a força para caminhar — remetendo, justamente, à comunidade que desanima, que se frustra, que se decepciona. Isso vale muito bem para nós que, muitas vezes, começamos muito bem o caminho do Senhor, sobretudo, quando a gente faz uma experiência daquela conversão maravilhosa, tudo começa bem, a gente se empenha, se engaja, quer salvar o mundo, quer falar de Jesus para todo mundo, mas, depois, vamos desanimando, vamos ficando à beira do caminho, vamos perdendo a vitalidade, já não nos importamos mais com as coisas do Senhor.
Por isso que o noivo disse: “Não vos conheço”, porque faltou essa fidelidade e perseverança e, aí, a oração veio: ‘Senhor! Senhor! Queremos entrar, abre-nos a porta”, mas “Senhor! Senhor!”, são aqueles que fazem a vontade do Pai, disse Jesus. Porque o nosso empenho tem que ser para toda a vida, precisamos assumir compromissos definitivos e não transitórios e temporários.
A Primeira Leitura, deste domingo, traz o Livro da Sabedoria, essa sabedoria que precisa ser buscada dia após dia, e aqueles que buscam a Deus no seu cotidiano encontram essa sabedoria, que é o próprio Deus. Precisamos buscá-Lo, ir ao seu encontro!
O Salmo, inclusive, fala dessa sede de Deus: “Tenho sede de ti, Senhor”, e o nosso coração realmente precisa de Deus, não posso deixar de buscá-Lo, tenho que ter essa sede d’Ele e alimentar a minha comunhão com o Senhor.
Que a graça de Deus nos visite neste domingo, reencoraje e reanime os nossos corações para permanecermos fiéis. Quando o Senhor virá, não sabemos, não nos foi dado nem o dia nem a hora; a nós cabe permanecermos fiéis.
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém! (Canção Nova)