ES: O Sambão do Povo será palco de uma importante ação de orientação sobre a importância da prevenção da dengue no Espírito Santo. Com o tradicional bloco “Que Loucura”, nesta sexta-feira (02), vão passar pela avenida do samba o “Capixabas Unidos Contra a Dengue”, composto por profissionais de saúde da Secretaria da Saúde (Sesa), especialmente das Vigilâncias em Saúde, e também profissionais das secretarias municipais, para mostrar à sociedade que a dengue é um risco prevenível e que toda a sociedade deve colaborar, combatendo os focos do mosquito Aedes aegypti.
O desfile dos blocos será a partir das 21 horas. Os integrantes estarão em concentração a partir das 19 horas.
Atualmente, o Espírito Santo vive uma epidemia de dengue, com o aumento significativo de casos a cada semana epidemiológica. Até a quarta semana epidemiológica, já foram notificados mais de oito mil casos de dengue, sendo mais de três mil confirmados e mais de 190 graves ou com sinais de alarme, com circulação da DENV 1 e DENV 2.
O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Amaral Cardoso, explicou que essa ação das arboviroses, especificamente da dengue, dentro de um desfile de abertura no Carnaval de Vitória, tem um cunho totalmente diferente do trabalho que é realizado na rotina.
“Estamos cumprindo nosso dever, em níveis federal, estadual e municipal, e focando na orientação, na prevenção e na eliminação dos focos do mosquito. Mas, mesmo assim, estamos observando um aumento grande de notificações da doença. Por isso, é primordial aproveitarmos todas as ferramentas disponíveis para evitar a transmissão do vetor. E o Carnaval é, sem dúvida, uma excelente oportunidade de levar informações sobre a dengue para a população, usando a arte, o lúdico”, destacou Cardoso.
O superintendente do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Luiz Carlos Reblin, também destacou a importância de levar para a avenida do Sambão do Povo essas questões, como a saúde mental e as arboviroses, especificamente a dengue, devido à situação do momento. “Na avenida vão estar profissionais de várias áreas de atuação dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e seus usuários, principalmente dos Caps, passando uma mensagem importante para centenas de pessoas, a de que o mosquito está circulando e que todos nós precisamos fazer a nossa parte para vencê-lo”, salientou.
Professora de Serviço Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e integrante do bloco “Que Loucura”, Fabíola Leal, conta que o bloco tudo começou em 2014 para dar visibilidade à pauta da luta antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica do Brasil. “No período da pandemia, demos uma parada, e depois retornamos, mas bem timidamente, até que percebemos que o debate da saúde mental precisa ir além das palestras, conferências e salas de aula. É primordial torná-lo bem mais acessível. Afinal, pela Organização Mundial de Saúde, trata-se de uma grande questão mundial. Foi aí que surgiu a ideia de levá-lo para a avenida, e a Liga Independente das Escolas de Samba do Espírito Santo (Lieses) nos apoiou totalmente”, disse.
Fabíola Leal ressalta ainda que a arte é, sem dúvida, um excelente caminho para levar toda essa temática à sociedade, com seriedade, mas na passarela do samba. “Nesta sexta-feira (02), abriremos o Carnaval com muita alegria e com o propósito de fazer todos os cidadãos entenderem a urgência de desmistificar a loucura e de falar de inclusão social, além deste momento delicado da dengue que estamos enfrentando no Estado”, completou.
Reunião
Os ajustes finais para o desfile do dia 02 foram feitos em reunião realizada nessa segunda-feira (29), no auditório do Conselho Estadual de Saúde (CES), e contou com a participação do subsecretário Orlei Amaral Cardoso; do superintendente do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Luiz Carlos Reblin; do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini; da professora e integrante do bloco Fabíola Leal; e de técnicos de Sesa e dos municípios da Grande Vitória.