ES: O Estado do Espírito Santo é um dos destaques do País com relação aosinvestimentos em Ciência, Tecnologia, Inovação e Extensão. Se um pesquisador busca uma unidade da federação para desenvolver seu projeto, o estado capixaba é o melhor lugar. A afirmação foi feita pelo presidente do Confap, Odir Dellagostin, durante a solenidade de abertura da 64ª Edição do Fórum Nacional Confap – Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, que acontece até esta quinta-feira (20), na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Vitória.
O presidente do Confap também divulgou que o Espírito Santo é o segundo no Brasil em percentual de contribuição de bolsas para pesquisa científica, tecnológica e de inovação, se comparado à média total concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no Estado.
Presidentes e equipes técnicas das 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) participam da edição do Fórum Nacional Confap, na Capital capixaba e vão acompanhar a programação, que terá continuidade nesta quarta-feira (19), com palestras e reuniões técnicas. Já na quinta-feira (20), os participantes farão visita técnica à empresa Marca Ambiental, em Cariacica.
“O Estado vem se fortalecendo, crescendo e se destacando no Sudeste. O melhor lugar para o pesquisador não é São Paulo, é aqui. O Espírito Santo tem o melhor percentual de investimento em pesquisador, no País. Então, parabéns ao Estado do Espírito Santo, parabéns por esse trabalho muito bem conduzido aqui. Um conjunto de grandes líderes vem conduzindo a Fapes com grande qualidade, com maestria, e os resultados estão aí, os resultados aparecem”, disse o presidente do Confap, Odir Dellagostin.
O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas, frisou que a Fapes é um orgulho para os capixabas e que o Governo do Estado tem feito vários investimentos em novos editais de bolsas de graduação, como o Programa Nossa Bolsa, editais de iniciação científica (PIBICES) e de incentivo a startups (Tecnova).
“Temos um Estado muito organizado. Já vivemos tempos difíceis aqui, mas superamos coletivamente, com uma gestão firme. Hoje, o Estado tem bons índices na educação e bons índices na qualidade de vida. Aqui temos Ciência, Inovação, Tecnologia e Educação Profissional e Avançada numa mesma secretaria. E mantemos parcerias com a universidade federal, o instituto federal e demais instituições. Vamos até as comunidades com qualificação profissional, não esperamos as pessoas procurarem o Governo. Com a Fapes, temos o Sistema UniversidadES. Nossa rede é robusta e cresce, ofertamos cursos de pós-graduação, mestrado, doutorado para mais de oito mil capixabas”, afirmou Lamas.
“A Fapes completa 20 anos neste mês de junho e, nesta trajetória, passou por uma grande evolução. O trabalho foi em conjunto, a Fapes, o ecossistema, os pesquisadores, enfim, fazendo o seu trabalho na ponta e desenvolvendo a pesquisa e pesquisa de qualidade. Um levantamento feito do que foi feito em 2003 a 2021 é possível fazer uma comparação. Enquanto o Brasil teve um crescimento de 19% no número de programas de doutorado, o Espírito Santo, no mesmo período, teve um crescimento de 94%”, analisou o diretor-geral da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), Rodrigo Varejão.
“Lá no início, quando começa a Fapes, a nossa participação era em torno de 0,5% da produção nacional e essa participação cresceu de maneira significativa. O investimento tem que gerar esse crescimento virtuoso, tirar da inércia e fazer com que a gente caminhe sempre crescendo. A nossa comunidade científica é cada vez mais exigente e quer mais”, completou Varejão.
O diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, destacou que investir em ciência, tecnologia e inovação é investir em desenvolvimento das cidades e dos estados. “O Governo do Estado faz valer o equilíbrio das contas públicas combinado com o desenvolvimento de políticas sociais, políticas no campo da educação, da ciência, tecnologia e inovação. O Espírito Santo foi o primeiro Estado protagonista a criar um fundo a partir dos recursos do petróleo e gás e aplicar em áreas estratégicas. Na primeira carteira do Fundo Soberano foram R$ 250 milhões investidos para a atração e expansão de negócios de startups aqui no Estado. Na segunda carteira, foram contempladas empresas que operam práticas do ESG”, disse o diretor-geral do IJSN.
O coordenador-geral de Fomento a Ações Estratégicas da Fundação de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Julio Cesar de Siqueira, afirmou que os fóruns do Confap são oportunidades para reunir autoridades locais e permitem a troca de experiências, a discussão de pautas importantes, além de serem um momento para estreitar relações e autoridades locais.