JAGUARÉ: O produtor rural Francelino Brioschi faleceu aos 95 anos, na madrugada, desta quinta-feira (28), na Unidade Mista de Internação (UMI), em decorrência de uma infecção pulmonar. Nascido em Venda Nova do Imigrante, Francelino chegou a Jaguaré em 23 de maio de 1953, conforme relatou o filho Luiz Carlos Brioschi. O velório acontece na casa da família, no Centro. Uma celebração de corpo presente está prevista para 15h, na Igreja Matriz São Cipriano. Em seguida, o corpo será encaminhado para sepultamento no Cemitério Municipal.
Francelino deixa a esposa Luiza Falcheto Brioschi, de 94 anos. Além de Luiz Carlos, conhecido como Carlinhos, ele teve mais seis filhos: Celso, José Hermes, Lúcio, Osmar, Tarcília e Maria das Graças, além de 14 netos e oito bisnetos. Carlinhos relata que o pai se locomovia bem, mas teve uma queda em casa no dia 19 de setembro, que quebrou o fêmur. Desde então, emagreceu, perdeu energia e teve a infecção pulmonar no fim de semana, que causou o falecimento.
Neste momento de pesar, a homenagem deste jornal, a um dos desbravadores de Jaguaré se dá ao se republicar trechos de uma entrevista concedida em 2014, onde Sr. Francelino, junto com a esposa Luiza, contaram, contaram um pouco sobre a história da Paróquia de São Cipriano:
“Campanha dos tijolos
Após as duas primeiras estruturas e já definido seu padroeiro, a crescente comunidade/cidade decidiu pela construção de um novo templo. O casal, Francelino Brioschi e Luiza Brioschi, contam que desde a chegada, em 03 de maio de 1953, participaram as orações e em 1958 iniciou-se a construção do novo templo. Relatam que o padre da época deu a orientação para a campanha dos tijolos, onde Sr. Francelino, a cada mês, recebia as doações para compra dos tijolos. “Eram tempos difíceis, todos tinham muita dificuldade, mas todo mês se recolhiam as doações”- relatam, alegres por no próximo mês completarem 90 anos de idade”.
Nestas histórias, aparecem personagens inusitados, como da mula que ajudou a puxar as primeiras madeiras da mata fechada. E do caminhão GMC, placa 0028, com o qual se buscou tijolos em São Mateus. “A madeira desta igreja também foi um desafio, mas em poucas semanas cada família entregou a peça que tinha se comprometido a traçar- destacou o casal.”