JAGUARÉ: Não mudo as minhas convicções por causa das eleições. Temos cerca de 5.570 Câmaras Municipais espalhadas em todo o Brasil e entendo que elas não servem para nada. Para mim, Câmaras de Vereadores são sinônimos de atraso, incompetência e desperdício de dinheiro público e temos como fazer melhor, gastando menos. A fiscalização dos gastos do poder Executivo deveriam passar a ser atribuição exclusiva dos Tribunais de Contas, passando os mesmos de órgão consultor a fiscalizador e na sua composição deveria ser vetado qualquer indicação política, contratado-se apenas através de rigoroso concurso público
Entendo que Prefeitos deveriam ser substituídos por Administradores Públicos competentes e preparados para gerir o “negócio público dos cidadãos”, dando-lhes toda a liberdade para administrar, retirar todas as amarras e tetos.
Contrapartida, deveríamos instituir penas rigorosas para quem desviar, nem que seja um centavo de real, trancando na cadeia os gestores corruptos e jogando fora as chaves, para que dela nunca mais saiam de lá. Apenas isso consertaria o Brasil.
O que ninguém entende é que o problema não está nas pessoas que elegemos, mas no sistema que os elegem! Enquanto ele não for mudado, continuaremos a eleger indefinidamente “pessoas” e indefinidamente permaneceram os problemas.
Até quando teremos que suportar ver os caras entrarem para a política possuindo apenas um carro velho e saírem dela fazendeiros sem que nada aconteça? Me desculpem, política para mim já deu.
Que me desculpem os meus amigos, amigos dos corruptos, mas não posso aceitar mais isso. Enquanto gente importante se delícia com lagostas e finos vinhos, alguém morrerá porque não tinha um remédio para aliviar suas dores ou alimentos para saciar a sua fome.
A mudança depende de cada um de nós e principalmente, na forma de pensar e encarar de frente os problemas.
Não se conserta uma árvore que nasce e cresce torta, senão, arrancando-a, plantando outra em seu lugar e a conduzindo para que cresça de forma ereta. A árvore torta é a velha política. Arrancar essa árvore torta não depende só de mim, é difícil, pois depende de vencer as próprias paixões. Eu estou fazendo a minha parte, faça você a sua também!
(Autor: Paulo Roberto Bergamaschi é empresário do ramo de contabilidade, bacharel em contabilidade e pós graduado em perícia e auditoria contábil)
*As opiniões expressas remetem unicamente o posicionamento dos articulistas e colaboradores.