O Banestes e o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) realizaram, nesta quinta-feira (13), a primeira edição do “Seminário de Conjuntura”, que aconteceu no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-ES), em Vitória. O evento teve como principal objetivo discutir as perspectivas econômicas e fiscais do Brasil, do Espírito Santo e de Minas Gerais, e contou com a presença de mais de 200 participantes, dentre autoridades locais, convidados, imprensa e representantes da comunidade capixaba.
O diretor-presidente do Banestes, José Amarildo Casagrande, enfatizou a importância da promoção do diálogo entre os representantes da sociedade sobre a volatilidade dos cenários econômicos. “É importante sempre falarmos de economia, tendo em vista a constante transformação dos cenários. Esse diálogo promove a troca de informações e de conhecimentos que auxiliam na tomada de decisões estratégicas em prol do desenvolvimento econômico. O ano de 2020 promete ser novamente de um cenário desafiador. Por isso, o Banestes continua com foco na modernização de seus produtos e serviços, com o objetivo de contribuir ainda mais com o crescimento do Espírito Santo”, disse.
O economista-chefe do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fábio Giambiagi, conduziu a palestra de abertura do evento e, em relação à conjuntura econômica do Espírito Santo, ressaltou que “o atual cenário é de otimismo em relação aos níveis de consumo e de investimentos para o País. O Espírito Santo, que já havia tomado medidas de ajuste enquanto o Brasil mergulhou em crise, em meados de 2015 e 2016, está bem posicionado no cenário nacional e, com a manutenção de uma série de linhas de ação por parte do atual governador, é um exemplo a ser seguido pelo restante dos estados brasileiros nos debates sobre as questões estaduais”.
O evento também contou com a presença do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que reforçou a importância da cultura de gestão organizada, iniciada ainda em sua primeira administração. “Desde 2012 estamos como o Estado mais organizado do Brasil. Além de gestão fiscal organizada, é importante que o resultado da gestão fiscal seja um resultado voltado para comunidade, para a sociedade e para quem precisa efetivamente da administração pública”, afirmou.
Casagrande destacou que esse nível de organização permitiu o desenvolvimento de ações, como a criação do Fundo Soberano do Estado do Espírito Santo (Funses). “A nossa segurança fiscal nos deu condições para criarmos o Fundo soberano, que é um instrumento para atrairmos mais empreendedores; pagando nossos servidores e fornecedores em dia; para que possamos responder emergências, como o desastre causado pelas chuvas; além de fazer obras de infraestrutura, cuidar da saúde, educação e segurança.
O Estado está criando um ambiente bom para que o setor privado possa investir e para que as pessoas possam ter oportunidades”, enfatizou.
Potencialidades
“Neste ano o Instituto Jones comemora 45 anos de vida e tem a sua história vinculada ao desenvolvimento do Estado. Nós vivemos um ano muito bom no Espírito Santo, as nossas perspectivas são muito boas: somos o único Estado do Brasil que tem, de forma consistente, mantido a Nota A do Tesouro Nacional; estamos com dinheiro do petróleo aplicado no Fundo Soberano para investir em Infraestrutura; temos um Plano de Desenvolvimento Regional para aproveitar nossas potencialidades em cada uma das microrregiões do Estado. Temos um mapa, um plano de voo em direção a prosperidade e é isso que estamos demonstrando neste evento”, lembrou o diretor-presidente do IJSN, Luiz Paulo Vellozo Lucas.
A rodada de discussão sobre os cenários econômicos e fiscais do Espírito Santo e de Minas Gerais traçou as principais características das economias locais e desempenhos. “Minas Gerais e Espírito Santo possuem uma corrente de comércio relevante, porém ainda aquém do potencial dos dois estados. Além disso, há agendas comuns, como o desenvolvimento dos municípios fronteiriços e estratégias de fortalecimento da cadeia cafeeira. Por fim, chamo atenção para a necessidade de termos mais estudos e análises para ampliar a capacidade de formulação e implementação de políticas de fortalecimento dos laços entre os dois estados”, relatou o economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Adauto Modesto.
Para o subsecretário do Tesouro Estadual, Bruno Dias, o evento foi uma oportunidade de apresentar os resultados fiscais do Governo do Espírito Santo. “Debatemos os principais desafios e oportunidades de impacto nas finanças públicas do Espírito Santo para 2020. Mostramos um pouco do papel desenvolvido pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) na consecução da Nota A e na gestão do Fundo Soberano e do Programa de Concessões e Parcerias”, pontuou.
De acordo com a economista-chefe do Banestes, Eduarda La Rocque, novas edições do Seminário de Conjuntura estão programadas para acontecer nos próximos anos. “A ideia é que este seja o primeiro de vários outros eventos para mostrarmos que o Espírito Santo se encontra em situação muito positiva quando comparado ao cenário nacional. Com a exibição e análise dos números que comprovam esse cenário, vemos que apesar da queda do PIB, a atividade econômica do Estado está em alta. Vivemos um excelente momento do ponto de vista para investimentos. Com o investimento público em infraestrutura, atraímos ainda mais investimento do setor privado para o Estado. O Espírito Santo é, sem dúvida, a bola da vez”, explicou La Rocque.