JAGUARÉ: A Cidade atingiu na tarde desta quinta-feira a marca dos 2.000 Casos Confirmados para a Covid-19. São 288 novos casos apenas neste ano e os números não param de subir. Os óbitos relacionados à Covid também saltaram de 16 para 29 nos últimos 60 dias, sendo uma morte relacionada à doença a cada quatro dias.
Somado a isto, o que se vê em muitos comércios, bares, restaurantes, ruas e estabelecimentos comerciais dos bairros da periferia e do interior é o desrespeito às orientações de segurança. Percebe-se, que de modo geral, boa parte da população defende a prorrogação do auxílio emergencial devido a Covid-19 como socorro financeiro, do outro, não se vê mais boa parte da população se preocupando com a prevenção.
Registra-se a diferença entre as informações do Painel COVID-19 da Secretaria Estadual de Saúde (que registra 2.000 Casos Confirmados) e o Portal da Prefeitura de Jaguaré (2.002 Casos Confirmados). Nesta reportagem se adotará os parâmetros e informações do Painel COVID-19 da Secretaria Estadual de Saúde.
Ressalta-se ainda que os número de Casos Confirmados começaram a subir antes mesmo das festas de final do ano. Acompanhe o registro de Casos Confirmados dos últimos meses e seu crescimento com relação ao mês anterior:
Setembro: 943 Casos Confirmados; crescimento de 342 casos no mês
Outubro: 1.032 Casos Confirmados; crescimento de 89 casos no mês
Novembro: 1.225 Casos Confirmados; crescimento de 193 casos no mês
Dezembro: 1.712 Casos Confirmados; crescimento de 487 casos no mês
Janeiro: 2.000 Casos Confirmados; crescimento de 288 até o dia 28.01.2021
Sobre os 2.000 Casos Confirmados:
1.727 são mulheres e 873 são homens.
556 pacientes apresentavam comorbidades
Quanto a faixa etária os 2.000 Casos Confirmados se dividem
0-4 Anos – 82 casos confirmados
5-9 Anos – 71 casos confirmados
10-19 Anos – 198 casos confirmados
20-29 Anos – 351 casos confirmados
30-39 Anos – 463 casos confirmados
40-49 Anos – 367 casos confirmados
50-59 Anos – 228 casos confirmados
60-69 Anos – 146 casos confirmados
70-79 Anos – 54 casos confirmados
80-89 anos – 34 casos confirmados
90- + – 6 casos confirmados
Até esta quinta-feira, 18.01, Jaguaré registrava (para uma população de 31.000 habitantes)
Casos Confirmados: 2.000 – 6% da população
Óbitos: 29 – 1,5% Taxa de Letalidade
Curados: 1.944 – 97,2% dos Casos Confirmados
Suspeitos: 380
Descartado:s 3.952
Notificados: 6.332 – 20% da população
Testes Realizados: 6.551
Na divisão territorial, os Casos Confirmados se registraram no:
Centro – 541
SEAC – 170
Irmã Tereza – 147
Água Limpa – 115
Palmital – 64
Laquini – 62
Palmito – 59
Novo Tempo – 57
Fátima – 53
Boa Vista I – 52
Jirau – 49
São João do Estivado – 48
Trevisan – 48
Caximbau – 41
Riviera 1 – 40
São Roque – 38
Boa Vista II – 37
Novo Horizonte – 36
São João Bosco – 34
Mata Atlantica – 30
Riviera 2 – 24
Nova Esperança – 22
Jundiá – 20
Córrego da Areia – 18
Palmitinho – 18
Em todo o Estado do Espírito Santo já são:
Casos Confirmados: 290.775
Óbitos: 5.796
Curados 272.645
Suspeitos: 190.430
Descartados; 440.231
Notificados: 921.436
Testes Realizados: 880.180
Nova onda de mortes
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil terá “quatro ondas” de mortalidade decorrentes da pandemia de covid-19. Além da doença em si e de seus impactos econômico e social, ele disse que a falta de direcionamento de recursos para tratamento de outras enfermidades durante a pandemia significará mais mortes.
Pazuello também alertou para o risco de o país ter mais casos de suicídio e de violência doméstica.
“A mesma pandemia vai ter ondas que não são apenas o contágio e a doença, que é a covid-19 ou os óbitos. Isso é uma primeira onda. Na sequência dela, começam as ondas advindas do desastre econômico e social”, afirmou, durante cerimônia de lançamento de um projeto de educação para valorização da vida, por ocasião do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.
O ministro reforçou que a pandemia “não termina porque os números de casos e óbitos descem”.
“A segunda onda são mortes causadas por doenças não tratadas, porque todos os recursos foram focados para a pandemia. Faltou recursos e ações, é claro. Doenças ficaram de lado naquele tratamento, não foram tratadas na sequência. O retorno disso vai ser caro financeiramente e para a pessoa que está doente, aumentando possibilidade de mortes”, avisou.
Pazuello classificou ainda o aumento da violência doméstica como uma “terceira onda” e a depressão, automutilação e suicídio como resultado de uma “quarta onda” da pandemia.
O projeto de educação lançado nesta quinta-feira é uma forma de evitar estas situações, disse o comandante do Ministério da Saúde. “Se não cuidarmos, perderemos mais pessoas”, alertou. A iniciativa também tem participação dos ministérios da Educação e da Mulher, Família e Direitos Humanos.