ES: As expectativas e os desafios dos coletivos selecionados do Programa Cultura Conecta foram apresentados para os professores e alunos de diversos cursos da Universidade de Vila Velha (UVV) no segundo encontro temático do projeto no Sonia Cabral. A reunião do Lab Conecta, realizada nesta terça-feira (19), serviu de base para as futuras ações de parceria em que os universitários atuarão no auxílio aos coletivos por meio de atividades de formação como workshops de elaboração de projetos, estratégias de comunicação e captação de recursos.
Segundo a coordenadora do programa, a gerente de Territórios e Diversidade da Secretaria da cultura (Secult), Karen Valentim, neste segundo – de oitos encontros previstos – foi iniciada a integração dos alunos da UVV em uma proposta de formação de rede e na elaboração de cronograma de trabalho. As datas destas atividades serão decididas em consenso pelos coletivos e a instituição.
“Este foi o primeiro momento em rede para que os estudantes da UVV pudessem conhecer os projetos de fato, saber quem são os coletivos, como se identificam. Juntos estamos discutindo um calendário de atividades trazendo uma metodologia colaborativa para soluções das dificuldades elencadas pelos 30 projetos selecionados durante o Laboratório de Inovação Cidadã. A proposta não é que a academia se distancie depois de apoiar os coletivos, e sim que tenha interesse real em ampliar um campo de rede e de conhecimento”, destaca Valentim.
Dentro das dificuldades apresentadas durante o encontro, a melhoria na gestão dos projetos e a captação de recursos para mobilizar meios financeiros para os projetos foram os assuntos mais abordados pelos representantes dos coletivos
O cabeleireiro e integrante do coletivo Corte Recorte Social Cidadão, Rodrigo Tei Tei, é um dos participantes do Cultura Conecta que queria saber mais sobre a captação de recursos para aperfeiçoar seu projeto. A iniciativa, que existe há sete anos no bairro de Nova Brasília, em Cariacica, ensina gratuitamente a profissão de cabeleireiro para ex-presidiários, dependentes químicos e pessoas que não possuem condições financeiras para custear este tipo de serviço.
“O nosso coletivo é mantido somente com recursos próprios e com total disponibilidade nossa. Agora queremos conhecer como obter recursos e ampliar as nossas vagas. O Cultura Conecta veio para somar e a participação de outros parceiros fortalece no que precisamos, um suporte, uma base para sermos mais objetivos. O que aprendemos até agora está dando realmente um corpo para as nossas ideias”, evidência Tei tei.
Construção coletiva
De acordo com a professora dos cursos de publicidade e de jornalismo e Coordenadora da Agência Experimental de Propaganda do Curso de Publicidade da UVV (Nacom), Maria Aparecida Torrecillas, as futuras ações serão construídas em conjunto entre alunos de diversos curso da instituição (Audiovisual, Publicidade e Propaganda, Fotografia, Farmácia, Relações Internacionais, entre outros) com os coletivos para que cada demanda seja solucionada em seus detalhes.
“A nossa participação é representada mais como um aprendizado em conjunto do que um saber específico que academia vai levar para os coletivos. No primeiro momento queremos oferecer vivências com assuntos que são necessidades unânimes deles, como captação de recursos, gestão financeira e até mesmo a comunicação com ênfase nas redes sociais. Outro detalhe é que queremos ir ao lugar onde eles atuam. Só aí que poderemos chegar a um denominador comum”, destaca Torrecillas
Para o estudante de Publicidade e Propaganda, Daniel Domingues Guimarães, “é extraordinário e incentivador as histórias de vida dessas pessoas. Eu creio que vamos contribuir fortemente com o conhecimento que temos no curso, que vai desde a gestão de negócios e a arte na parte estética das mídias sociais. O Programa Cultura Conecta é uma ótima iniciativa”. (Secom-ES)