O novo ensino médio terá formação mais voltada para o empreendedorismo, a investigação científica, os processos criativos e a mediação e intervenção sociocultural. Estes são os eixos que vão orientar os chamados itinerários formativos, ou seja, as atividades que os estudantes poderão escolher. O modelo deverá ser implementado nas escolas públicas e privadas do país até 2021.
Isso significa que, ainda no ensino médio, os estudantes poderão, por exemplo, aprofundar os conhecimentos referentes ao mundo do trabalho e à gestão de empreendimentos. Além disso, os estudantes deixarão a escola sabendo mediar conflitos e propor soluções para questões e problemas socioculturais e ambientais identificados em suas comunidades.
Os eixos que servirão de referência para a estruturação dos itinerários formativos estão em portaria publicada na sexta-feira (5) pelo Ministério da Educação (MEC).
Os referenciais foram definidos pela gestão passada, no Governo de Michel Temer, da pasta e já estavam disponíveis na internet desde o fim do ano passado. Agora, foi feita a publicação oficial.
Formação pela BNCC
No novo ensino médio, os estudantes de todo o país terão formação semelhante, orientada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Será um ensino médio com 5 horas diárias de aulas, com 60% nesta formação. O tempo restante será para áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas.
“A intenção é que a partir de 2021, as novas turmas do ensino médio entrem nas redes, sejam públicas ou particulares, em um novo ensino médio, mais antenado como a garotada, com esses jovens que hoje estão na escola. Isso é muito importante”, disse a ex-secretária de Educação Básica do MEC Kátia Smole, que coordenou a elaboração dos referenciais divulgados.