JAGUARÉ: O Jornal O Conilon encerra as entrevistas aos candidatos nestas Eleições 2024. Hoje vamos conhecer e ouvir um pouco das propostas da candidata a vereadora Francisca Santiago – PT – 13013.
JORNAL O CONILON: Qual o histórico de vida do candidato?
FRANCISCA SANTIAGO: Como me apresentei na pré-candidatura, e agora na campanha tenho contato um pouco mais de mim. Sou cearense, do Sertão Nordestino e com quatro aos de idade meus pais retornaram para a Paraíba, onde vivi até os 19 anos. Este período de 1987 foram períodos de muita seca no Nordeste e a ausência de políticas públicas levaram muitas famílias a migrarem para outros locais. E tínhamos minha irmã e seu esposo que já trabalhavam na colheita do mamão em Jaguaré. Então meu pai resolveu vir e trazer toda a família, e confesso que vim contrariada, pois não queria deixar o meu Sertão, meu Nordeste. Fui ficando. Uma vida muito difícil, de muito trabalho e estudando a noite em Jaguaré, quando fazia a sétima série.
Fui estudando e sempre sonhando em ser professora. Me formei em Técnico em Contabilidade e por um acaso vi uma propaganda sobre o Magistério, porém a Leia Mariani, pela minha formação, deveria fazer apenas uma complementação pedagógica e me ofereceram uma sala de aula.
Comecei dar aula na EPM Japira. Depois me efetivei no Município e atuei em todas as Escolas Comunitárias Rurais, e hoje sou efetiva na ECORM de Giral. E estou licenciada para atuar junto à presidência do Sindsmaj desde 2015.
JORNAL O CONILON: Quais as potencialidades e setores a melhorar no Município de Jaguaré?
FRANCISCA SANTIAGO: Se necessita de atenção não seria uma potencialidade. Mas falando da prioridade, brasileira e até mundial, que é a questão de nós mulheres sermos motivadas para assumir os locais de poder, de maiores decisões, como câmaras e prefeituras. Jaguaré não é diferente e as mulheres precisam se incentivadas a assumirem com mais candidatas a vereadoras, a vice-prefeitas e prefeitas.
JORNAL O CONILON: Qual o destaque em suas propostas de trabalho?
FRANCISCA SANTIAGO: Em Jaguaré há uma necessidade de muitas ações a serem tomadas pelo poder público em muitas áreas. Porém a defesa de um polo industrial não trará o desenvolvimento prometido por muitos candidatos, e eles sabem disso.
Não acredito que uma macro indústria seja a solução. Venho de um local que possui inúmeras pequenas empresas, como de sapatos, chinelos panelas e muitas em um círculo familiar. Um exemplo do meu primo, que produz cadeiras e sofás que envolve aproximadamente 60 funcionários. É preciso ser motivada para isso, até para deixar de se ver a prefeitura como única empregadora.
E claro que defendo o sérvio público, que deve surgir do concurso das pessoas. E a qualificação para a melhoria do serviço.
E por muito tempo não termos um concurso temos perdido na diversidade e muitas vezes na qualidade do serviço, até pela sobrecarga dos servidores efetivos atuais. E claro, um serviço público com valorização na qualificação que se reflita no plano de carreira. E assim também cultivemos os bons profissionais.
Na área da saúde vejo que temos muito a fazer. Nos exames necessários quem tem recursos paga e faz na Cidade. Quem depende do SUS vai para fora do Município. Mesmo em uma mamografia tem que sair. Como vereadora pretendo discutir e motivar para que estas coisas aconteçam. Pois ouvimos, conclamamos e devemos fiscalizar.
JORNAL O CONILON: Qual mensagem fica para os eleitores de Jaguaré?
FRANCISCA SANTIAGO: Diria que estou preparada para exercer o mandato vereadora, conformo acho que deve ser exercido. Que os cidadãos jaguarenses precisam deixar de lado o satisfazer parentes e amigos, mas que analise aquele que realmente pode exercer o mandato e que represente seus anseios de eleitor na Câmara. Que represente suas bandeiras de luta. Eleição é coisa séria e precisamos ter cuidado na hora de votar. Não é nenhum glamour ser vereador. Não é um presente dar a alguém o cargo de vereador. É uma chave de um local que te pertence, e que você empresta para a pessoa, onde ela fará o que quiser. Quando o eleitor perceber que a Prefeitura e Câmara são locais que pertencem a ele e quem vai lá é autorizado por ele, ele fará escolhas coerentes.