BRASIL: As empresas farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram que sua vacina contra a covid-19, uma daquelas que estão sendo testadas já em fase 3, é capaz de prevenir que mais de 90% das pessoas desenvolvam a doença. Na segunda-feira (09/11), as companhias afirmaram que a notícia representa um “grande dia para a ciência e para a humanidade”.
A vacina foi testada em 43,5 mil pessoas de seis países e, em setembro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou que seus testes clínicos fossem ampliados no Brasil, de mil para dois mil testes em voluntários. Segundo as fabricantes, nenhum problema de segurança na vacina foi levantado até o momento.
Advertisement O anúncio provocou uma alta no mercado de ações, diante de uma possível melhora na pandemia. As ações da Pfizer subiram 14% depois da notícia.
Anvisa interrompe estudos da Coronavac após “evento adverso grave”
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, em nota, que suspendeu os estudos clínicos da vacina Coronavac, uma das que estão em estudo contra o novo coronavírus. A suspensão ocorreu por causa de um “evento adverso grave” ocorrido. A Anvisa não informou qual evento seria. Pode ser desde a internação de um voluntário até a sua morte.
De acordo com a agência, esse evento adverso ocorreu em 29 de outubro. Agora, a agência reguladora vai analisar os dados observados até o momento e julgar sobre o risco/benefício da continuidade do estudo. Esse tipo de interrupção nos estudos, segundo a Anvisa, é parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas para estudos desenvolvidos no Brasil.
“Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado. A Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes”, acrescentou a agência, em nota.
A Coronavac está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Dez dias antes do “evento adverso grave” ser registrado, ela foi considerada a vacina mais segura dentre todas as testadas pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. O Estado de São Paulo já havia anunciado a intenção de iniciar a vacinação de toda população do Estado (de forma obrigatória) no início deste mês.