JAGUARÉ: A Câmara de Jaguaré realizou na tarde desta segunda-feira (20) uma sessão solene para empossar os novos vereadores, Fábio Uceli, do Partido Verde (PV), e Marcelão, do Podemos (Pode). A posse se dá por decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), visto o afastamento dos vereadores Ricardo Barros e Preto Queirós.
Ainda nesta segunda-feira, o cartório da 41ª Zona Eleitoral realizou a cerimônia de retotalização dos votos das eleições de 2020, o que gerou a alteração no quadro dos vereadores eleitos.
O presidente da Câmara, vereador Tião Soprani, afirmou que a cerimônia de posse teve inicio às 14h30 e que os novos vereadores já participam da próxima sessão, marcada para quinta-feira (23), às 19h.
Por meio de decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Nunes Marques, todos os votos do Progressistas na Eleição de 2020 em Jaguaré foram anulados. O ministro ainda determinou ao TRE-ES cumprir com urgência a decisão de recalcular os quocientes eleitorais, cassando assim os diplomas dos vereadores Preto Queiroz e Ricardo Barros eleitos pelo partido. A decisão de Nunes Marques ocorreu no dia 30 de outubro e os parlamentares foram afastados na semana passada e não participaram da sessão do dia 16.11.
FÁBIO UCELI
Fábio Uceli foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Agricultores Familiares de Jaguaré por 7 anos e afirma receber o mandato com muita “responsabilidade, felicidade e compromisso, principalmente com os 418 eleitores”.
Ele declara que o maior objetivo no mandato é defender o trabalho junto à agricultura familiar do município junto aos demais colegas vereadores, “mesmo que aos 45 do segundo tempo”.
“O meu objetivo é trabalhar políticas públicas, buscar apoio do executivo a nível estadual para melhorar a qualidade de vida das pessoas do campo. A agricultura familiar, que é a base da economia do nosso município, às vezes não se fala. Desejo trabalhar de forma conjunta e fiscalizar, claro, porque esse é meu papel” – complementa.
MARCELÃO
Para o vereador Marcelo Costa da Silva – Marcelão, o principal objetivo para o mandato é manter a linha de trabalho que já exerce no município. Ele ressalta que esteve por dois anos à frente da Secretária Municipal de Agricultura, “trabalhando junto com os agricultores”.
Ele relata que neste ano também atuou como assessor parlamentar do deputado estadual Tyago Hoffmann.
“Conheço bem o município, mas foi a primeira vez que vim como candidato. Conheço as deficiências que tem no município, estou por dentro do que precisa ser trabalhado. Vamos levantar a bandeira do esporte e de outras necessidades que Jaguaré precisa” – afirma. Marcelão obteve 203 votos na Eleição de 2020.
O processo de cassação
No dia 30 de outubro o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Nunes Marques, determinou que o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) cumpra com urgência a decisão monocrática de nulidade de todos os votos da Partido Progressistas na Eleição de 2020 em Jaguaré e que fosse recalculado os quocientes eleitorais, cassando assim os diplomas dos vereadores Preto Queiroz e Ricardo Barros eleitos pelo partido. A decisão de Nunes Marques é do dia.
O então vereador Preto Queiroz relatou que o processo foi iniciado após denúncia de que o Progressistas não teria cumprido a cota feminina da chapa lançada na Eleição de 2020, quando uma candidata ficou com zero voto. Ele enfatizou que a questão não é culpa dos vereadores e que não competia a ele zelar trabalhar por votos de outras candidatas.
Preto Queiroz frisou que no TRE-ES, ele e Ricardo conseguiram vitória, mas o Ministério Público Eleitoral recorreu no TSE, obtendo a decisão monocrática favorável do relator para a cassação dos diplomas. Preto entende que o processo ainda deve ir ao plenário do Tribunal, mas não demonstrou esperanças. Ele enfatiza que não foi dada inelegibilidade a ele ou a Ricardo, sendo assim, os dois podem concorrer ao Legislativo jaguarense nas Eleições de 2024.
Em rede social ele lamentou que a questão do partido levou a “consequências irreparáveis para ele e para Preto, além dos outros candidatos que tiveram os votos considerados nulos”. Segundo ele, a cassação dos diplomas cancela sonhos. “Fizemos a prestação toda certinha, uma campanha limpa, muito bonita. Fomos cassados por uma questão de partido e de uma irresponsável.”, sustentou.