ES: Com onze cidades em risco alto de contaminação do novo coronavírus (Covid-19), quase 500 mortes e mais de 10,3 mil casos confirmados da doença, o governo do Espírito Santo tem, cada dia mais estruturado projeto de decretar lockdown.
Seja por região ou municípios, a aplicabilidade da medida radical de isolamento social depende, apenas, de uma decisão do Poder Executivo estadual. Casagrande tem afirmado a cada dia que a decisão será tomada somente sobre critérios técnicos. Citou como fatores essenciais a Taxa de Isolamento acima dos 50% (os 11 municípios em estado grave não tem conseguido alcançar este índice) e a Taxa de Ocupação dos Leitos de UTE abaixo dos 85% (o índice foi de 78% nesta terça-feira 27.05)
A partir da decretação de estado de calamidade pública, aprovado pela Assembleia Legislativa em março, a decisão sobre o que funciona ou não e as regras da política de enfrentamento da pandemia do coronavírus no estado capixaba são de autonomia do Governo do Estado.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, ainda que o Estado siga avançando na ampliação de leitos para os cuidados com os pacientes em casos graves, é necessário defender e praticar de forma radical o distanciamento social.
“Ele é que garante o rompimento da cadeia de expansão de uma doença que não tem vacina ou tratamento. A classificação de risco usa indicadores que mostrarão o risco extremos e a necessidade de medidas radicais, entre elas o lockdown. Colaborar para não chegarmos a isso é uma responsabilidade de todos”, destacou em coletiva no início desta semana.
O índice de isolamento social está abaixo dos 50%, percentual ideal pregado pelo Governo Estadual. Na região da Grande Vitória, o fechamento total do comércio não está fora dos planos da Secretaria Estadual de Saúde.
No lockdown a circulação de pessoas só pode acontecer para atividades essenciais. Quem tiver que trabalhar em atividade considerada essencial terá que apresentar documento para circular.
Nas ruas, forças militares atuariam para orientar moradores a ficarem em casa. O Corpo de Bombeiros, por exemplo, reforçou que está cumprindo a função de conscientizar, mas que se o lockdown for decretado, a atuação irá mudar.
“O Corpo de Bombeiros Militar informa que vem trabalhando, dentro das diretrizes do Governo do Estado, com o objetivo de auxiliar no isolamento social e conscientizar a população sobre a importância de seguir os decretos de combate à Covid-19, para que não haja necessidade de bloqueio total. Caso venha a acontecer, a forma de atuação ainda será definida”, diz a nota.