PC EMPRESARIAL – PESCA ESPORTIVA
O segredo da pescaria está em conhecer os ‘sentidos’ do peixe
JAGUARÉ: Todo bom pescador conhece a premissa de que precisa conhecer os sentidos do ‘nobre’ companheiro. A falta de atenção nestes detalhes pode representar a diferença entre entre uma boa pescaria ou horas de frustração.
Vale apena conferir algumas boas dicas:
1 – Visão: Pescador que se preza precisa usar todos os recursos disponíveis para que o peixe tenha uma visão da isca como algo tentador.
Discute-se muito se o peixe é capaz de distinguir cores, no entanto, a cada dia acrescentamos mais anilina nas iscas naturais e o mercado das artificiais possui prateleiras cada vez mais coloridas.
Um grande número de pesquisadores afirma que os peixes distinguem cores e detectam variações imperceptíveis ao olho humano. Por outro lado, há quem afirme que o animal enxerga somente o preto, o banco e suas variações.
2 – Olfato: Embora não tenham nariz, os peixes possuem fossetas nasais dotadas de células ligadas às fibras do nervo olfativo, extremamente desenvolvido nos peixes.
Este apontamento é de grande importância no transcorrer de uma pescaria pois poderemos de forma inconsciente apresentar ao peixe odores que poderão repeli-los tais como: fumo, combustível, lubrificantes, desodorantes, vestígios de sabão/sabonetes e pasme, até mesmo aquelas gotas de urina que sobraram na mão.
No entanto, o mais importante dos odores é gerado pelo próprio peixe. Algumas espécies quando submetidas a um alto nível de stress, exalam uma substância chamada schrecksoffen. Ela serve como alarme aos outros peixes, dizendo que existe perigo presente.
Portanto, quando nos encontramos em um pesqueiro muito produtivo e após uma boa briga o peixe escapa, o local provavelmente ficará improdutivo por um certo tempo, e suas mãos também.
É aconselhável, antes de pegar o peixe, molhar as mãos ou pegá-lo com um pano úmido e, após soltá-lo, lavar bem as mãos com água da própria represa/lago/rio. Os movimentos de fuga, somados com o stress do peixe, podem criar um ambiente impróprio para a pesca durante algum tempo.
3 – Audição: Embora o peixe não possua orelhas, um ouvido interno possibilita que ele ouça sons que variam de 30 a 3.000 vibrações por segundo (o homem ouve até 30.000). No entanto, a velocidade do som no ar se propaga a 340 metros por segundo e na água 1.400 metros por segundo. Embora o peixe ouça menos, ele capta as informações de forma muito mais rápida. Por isso é importante o “silêncio” na pescaria.
4 – Paladar: Os peixes têm o paladar bastante aguçado, devido ao grande número de tubérculos que ocupam sua boca e suas nadadeiras. Como o meio aquático tem a capacidade de transportar e espalhar as partículas responsáveis pela sensação de sabor, elas chegam até os peixes, fazendo com que o animal se sinta atraído ou repelido pelo paladar que está sentindo.
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Pesca esportiva: uma paixão que passa de pai para filhos e filhas
JAGUARÉ – BRASIL: Que a paixão pela pesca esportiva passa de pais para filhos, todo mundo sabe. Mas em alguns casos, esta paixão vai ainda mais longe. E em Jaguaré não é diferente. De acordo com o Consultor em Pesca Esportiva, Roger Quinquim Tailor, a prática de passar a paixão de pescar para os filhos tem sido cada vez mais frequentes. Ele destaca que neste aprendizado meninos e meninas despertam o mesmo interesse, que inclusive começam a constituir um público mirim na loja. “Estamos vendo um novo movimento aqui na loja, onde alguns pais até trazem seus filhos. E felizmente estes pais levam seus filhos para pescar e acabam despertando esta paixão” – explicou.
Uma paixão de 63 anos
É o caso da família Daenekas, onde a paixão foi além dos filhos. Tudo começou com o pai Frederico e hoje em dia a pesca esportiva faz parte da vida de toda a família, indo por todas as gerações.
E essa paixão começou há muito tempo. Há 63 anos, um Frederico Daenekas de 8 anos iniciava sua vida na pesca. Utilizando apenas varas de bambu e minhocas, o pescador já capturava seus primeiros exemplares.
Porém, foi quando surgiram os pesqueiros nos anos 90, “e a febre das cabeçudas”, como diz Frederico, que esse sentimento começou a aumentar. A vontade de aprender a capturar esses famosos exemplares era grande, e o pescador começou a pensar em técnicas de pesca: receitas de massa e folgas na beira do lago viraram rotina.
Quando se aposentou, a pesca se tornou algo ainda mais presente na sua vida: “Depois que eu me aposentei, aos 58 anos, passei a ir [ao pesqueiro] com uma frequência muito maior, virou meu hobby. Praticar a pesca esportiva no começo me parecia muito estranho, mas eu passei a amar de uma forma que se eu machucar um peixe hoje fico extremamente aborrecido.” Frederico Daenekas
E então a paixão pela pesca passou de pai para filhos. A partir dos anos 2000 a família inteira acompanhava as pescarias: esposa, filho, filhas, netos. Segundo Frederico, no começo era preciso “comprar” eles com um churrasco de picanha, mas logo todo mundo estava adorando.
Frederico participa dos Campeonatos Fish TV desde a edição Paulista. E hoje, com 71 anos, está se preparando para competir no 2º Campeonato Brasileiro em Pesqueiros com seus filhos. Para o pescador, participar em família, com seus filhos, é ainda melhor:
“Me sinto realizado em poder estar com todos ao meu lado, poder participar de um evento que amo, junto com minha esposa, filhos e netos é uma imensa alegria.” Frederico Daenekas
A neta de Frederico também irá participar da competição, e segundo Daenekas, é a que mais gosta de pescar na família. Ela pratica desde os dois anos de idade e pesca em todas as folgas da faculdade.
Mas para Frederico, não é só essa família que irá acompanhar ele durante a competição. Como ele faz parte de todos os campeonatos, é como se ele tivesse criado uma grande família: “conheci muita gente sensacional, tenho um grande prazer em fazer parte desde o começo.”
E você, lembra alguma história de pescador que seu pai, ou avô te contou? Então vale a pena repassá-la para seus filhos e netos também… boa história e boa pescaria.
Vai pescar: Não se esqueça da Licença de Pesca
JAGUARÉ: Um dos ofícios mais antigos da humanidade é a pescaria. Arte, paixão, passatempo ou descontração… não importa. A Pescaria é uma paixão que pode passar de geração em geração, ou simplesmente brotar ao se perceber o prazer de ‘vencer’ o peixe. Mas a prática precisa de cuidados que vão além da atenção à proibições nos períodos de reprodução, e nos tamanhos específicos de cada espécie. Quem vai sair de casa com a intenção de pescar precisa estar também atento à Licença de Pesca Amadora.
O apaixonado por pesca e empresário Roger Quinquim Tailor explica que quem for flagrado sem a Licença de Pesca Amadora não está cometendo um crime ambiental. No entanto, está sujeito à multa e à apreensão de equipamentos. “São as burocracias que existem e quem passa aqui na loja eu sempre dou a dica e até auxilio como tirar. É melhor prevenir a arriscar perder todo um investimento e a pescaria’ – alerta.
Em contato, a Secretaria de Pesca e Aquicultura, do Ministério da Agricultura, a emissão da Licença de Pesca Amadora está normalizada. Os pescadores sofreram com problemas no site e na identificação das baixas de pagamento durante pelo menos quatro anos.
A entidade destaca que quem opta pela Licença de Pesca Embarcada não precisa emitir a Desembarcada para pescar fora da embarcação. No entanto, quem possui apenas a Desembarcada vai precisar da Embarcada para poder pescar embarcado.
Outro alerta é que ficam dispensados do registro e da Licença os pescadores amadores que utilizem apenas linha de mão (desembarcado) ou caniço simples (desembarcado), desde que, em nenhuma hipótese, faça atividade comercial. Ou seja, vá vender os peixes capturados.
As Licenças de Pesca custam R$ 20 para pesca desembarcada e R$ 60 para embarcada. São dispensados do pagamento da taxa os aposentados, os homens maiores de 65 anos e as mulheres de 60 anos.
Como obter a licença:
De acordo com o site do Ministério da Agricultura, para obter/renovar a Licença de Pesca Amadora, emitida pela Secretaria de Aquicultura e Pesca, com validade em todo território nacional, siga as instruções abaixo:
1º Utilizando o navegador Google Crome, acesse o endereço: www.agricultura.gov.br
2º Clique no link: “Aquicultura e pesca lado esquerdo da tela”, final da página link Registro Pescador realize o cadastro com suas informações pessoais conforme solicitado e clique em enviar formulário;
3º Após realizar o cadastro o sistema gerará um número de protocolo, um link para impressão da licença provisória válida por trinta dias e outro link para impressão do boleto (GRU) no valor de R$ 60 modalidade embarcada e R$ 20 modalidade desembarcada;
4º Efetue o pagamento da GRU gerada na modalidade selecionada, aguarde até trinta dias para poder realizar a impressão da licença definitiva (que possui validade de 1(um) ano após o pagamento da GRU) no mesmo endereço do cadastro inicial.”
5º O usuário deve andar com a GRU grampeada com o comprovante de pagamento, a carteira de identidade e a licença provisória impressa.