ES: Representantes de diferentes instituições, segmentos, poderes e sociedade civil participaram, nesta quinta-feira (11), de um debate sobre a realidade da microrregião Central Serrana. O encontro aconteceu no município de Santa Teresa e faz parte dos trabalhos de construção do Plano de Desenvolvimento ES 500 Anos.
O ES 500 Anos é um planejamento de longo prazo que está sendo construído com horizonte no ano de 2035, quando serão comemorados os 500 anos da colonização do solo espírito-santense. O projeto é realizado pelo Governo do Estado, o setor produtivo, por meio do Espírito Santo em Ação, em colaboração com todos os setores da sociedade capixaba.
O secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, destacou a importância da escuta ativa com cada microrregião capixaba para a construção do Plano. “Estamos fechando nesta quinta-feira (11) este que é o quarto ciclo de oficinas regionais. Já percorremos, portanto, oito microrregiões no total. E vamos passar por todas as dez microrregiões capixabas, debatendo com os atores locais, que conhecem e vivenciam a realidade das regiões que são os principais desafios e também as oportunidades que devemos estar atentos nos próximos dez anos”, pontuou.
“O objetivo do ES 500 Anos é ser uma referência no planejamento do Estado daqui até o ano de 2035, não apenas para o Governo do Estado, mas também para todo o setor produtivo e demais instituições. E para que este se torne um planejamento palpável e que de fato oriente os passos do desenvolvimento capixaba é preciso que ele reflita as peculiaridades regionais e os anseios coletivos da sociedade capixaba”, completou Álvaro Duboc.
O diretor de Educação do Espírito Santo em Ação, representante da instituição na ocasião, Rodrigo Gama, falou sobre a parceria com o Governo do Estado. “Essa é uma parceria de longo prazo, quando apoiamos o ES 2025 e ES 2030, e, agora, o ES 500 anos [2035]. É muito importante ter essa construção por toda sociedade, de maneira participativa e organizada, e priorizando o que vai trazer mais impacto positivo para todos os cidadãos. Ter essa visão de longo prazo e esse claro compromisso do Governo com a execução do plano, com governança, metas e projetos claros de modo a contribuir para o desenvolvimento econômico e sustentável do Espírito Santo”, frisou Gama.
Na oficina da Central Serrana, o diretor do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Antonio Freislebem da Rocha, apresentou uma análise situacional da microrregião, com indicadores e o cenário local. Em seguida, os participantes do evento iniciaram os trabalhos técnicos para debate e definição dos problemas e desafios temáticos da região – sejam eles já mapeados ou novos – divididos em três grupos: Social, Econômico e Ambiental\Territorial.
Entre os desafios destacados para a microrregião estão: preservação da cobertura vegetal nativa; gestão e uso eficiente dos recursos hídricos; melhoria da infraestrutura do transporte e mobilidade; qualificação e retenção da mão de obra; fortalecimento do turismo rural e ecoturismo; economia verde, associativismo e cooperativismo; integração das comunidades tradicionais; atenção à saúde, segurança e defesa civil.
As oficinas regionais reúnem representantes do Governo do Estado, das prefeituras, da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Ales), do Judiciário e demais poderes constituídos, além de sindicatos, federações e outras instituições do setor produtivo, da academia, do terceiro setor, da sociedade civil organizada e demais organizações representativas.
Os cidadãos capixabas também podem contribuir com a construção do Plano ES 500 Anos no formato on-line. Na plataforma eletrônica disponibilizada para participação popular, é possível destacar quais são os desafios que os cidadãos julgam mais relevantes a serem enfrentados na sua microrregião durante os próximos dez anos.
O acesso à votação dos desafios de cada microrregião é disponibilizado na medida em que os encontros presenciais são realizados. Dessa forma, os cidadãos das microrregiões Central Sul, Caparaó, Nordeste, Rio Doce, Noroeste, Centro-Oeste, Sudoeste Serrana e Central Serrana já podem acessar a plataforma e inserir suas contribuições.