BRASIL: A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai entregar a proposta para o Plano Safra à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nesta quinta-feira, dia 25. Formulado após encontros com produtores das cinco regiões do país, o documento indica ao governo a necessidade de R$ 1,1 bilhão para o seguro rural e mais aporte financeiro para linhas de investimentos.
A principal necessidade, no entanto, não é a compra de máquinas. A entidade vai pedir recursos para programas de construção de armazéns (PCA), de técnicas de baixa emissão de carbono (ABC), para compra de equipamentos de irrigação (Moderinfra) e tecnologias em geral (Inovagro). Quanto ao volume total de dinheiro para a temporada 2019/2020, a CNA entende a dificuldade orçamentária da União e acredita que o montante ficará na casa dos R$ 200 bilhões.
O presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da entidade e deputado federal José Mário Schreiner (DEM-GO) acredita que o acesso mais amplo ao seguro rural vai dar mais tranquilidade aos produtores e facilitar a tomada de crédito. Na atual safra, os recursos a juros controlados se esgotaram, mas existe dinheiro a taxas mais caras. Com as lavouras ou criações seguradas, os bancos podem avaliar o risco menor e diminuir o custo dos empréstimos.
“No seguro rural, precisamos avançar, disponibilizar mais recursos, caminhar para um seguro de renda para o Brasil além de começar a trabalhar um plano plurianual. Temos trabalhado em torno de R$ 1,1 bilhão para que possamos ampliar a base do seguro para melhorar muito a performance. Só de 8% a 10% das lavouras são cobertas por seguro. É extremamente importante avançarmos. O montante de recursos, algo em torno de R$ 200 bilhões, com um possível aumento, mas vai depender do cobertor, do Tesouro Nacional. Temos que convencer a equipe econômica que investir na agricultura, ter Plano Safra exequível, é muito importante, zelar o que temos de bom no Brasil”, diz Schreiner. (Canal Rural)