ES: O secretário de Desenvolvimento, Marcos Kneip Navarro, participou de reunião setorial de Desenvolvimento do Consórcio de Integração Sul e Sudeste, formado pelos sete estados das referidas regiões. O encontro aconteceu nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro. Por sugestão da Sedes, a reunião teve como objetivo discutir as oportunidades decorrentes dos leilões na área de petróleo.
“Estamos nos articulando para viabilizar alternativas para o aproveitamento de tais certames, fomentando os negócios locais, induzindo o desenvolvimento regional. Tais contratações têm o potencial de incrementar não só a geração de empregos, mas também estimular novas tecnologias e o crescimento industrial, em especial da indústria naval”, explica Kneip.
No encontro foi debatida a situação da indústria naval e dos 12 principais estaleiros do Brasil. Três deles se encontram em situação deficitária, cinco estão sem obras e apenas quatro estão em efetiva operação. “Percebemos que muitas unidades flutuantes de produção da indústria petrolífera, as chamadas FPSO, estão contratando serviços no exterior, enquanto temos capacidade operacional subutilizada. Pretendemos reverter esse quadro”, revela o secretário.
Até 2030, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), serão 60 novas plataformas no Brasil, que possuem grande potencial de alavancar a competitividade da indústria naval do país, seja na contratação de mão de obra ou na aquisição de equipamentos e produtos siderúrgicos. Os componentes discutiram ainda o peso dos impostos sobre a cadeia de serviços, sobre a qual incide INSS (43,56%), Cofins (30,10%), ISS (19,80%) e PIS (6,53%).
“Enquanto em Cingapura os impostos que incidem sobre tal cadeia somam 7%, em Aracruz esse percentual sobe para 28,62% e, em outro município, para 33,78%. Também vale refletir sobre os impostos trabalhistas, que no Brasil totalizam 134,63% e, em Cingapura, 17,25%”, diz Kneip.
A indústria naval brasileira ocupa a quarta posição no mercado mundial, com 3% de participação nas operações. Com o impulso ao conteúdo local, estima-se obter desenvolvimento tecnológico, capacitação de recursos humanos e geração de emprego e renda. “Ainda poderemos usufruir de diversificação da economia local, crescimento sustentável da economia, desenvolvimento da capacidade produtiva regional, aumento da arrecadação de impostos, além da redução de riscos ligados à política externa e ambiente seguro para a atração de investimentos”, comenta o secretário Marcos Kneip.
Participaram do encontro, pela Sedes, a assessora especial Fabrine Schwanz, além do secretário de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, Rubens Bender, o superintendente de Mineração e Energia Logística de Minas Gerais, Daniel Renó, o coordenador de Indústria Naval da Subsecretaria de Óleo, Gás e Energia do Rio de Janeiro, Rodrigo Cintra, o assessor da mesma pasta carioca, Filipe Peixoto, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais do Rio de Janeiro, Lucas Tristão. (Secom-ES)
A próxima reunião do comitê de Desenvolvimento no Cosud será no dia 16 de dezembro.