JAGUARÉ: Pernil, panetone, salpicão e farofa. O Natal acabou, mas sobrou comida? É hora de reaproveitar os ingredientes para a refeição do dia seguinte ou até para a ceia de Ano Novo. Sabendo manipular os alimentos prontos e conservá-los direitinho, dá para evitar o desperdício e, de quebra, economizar na nova reunião em família.
A clássica salada de folhas verdes e legumes pode ser consumida em até dois dias, desde que os ingredientes não estejam úmidos demais. A dica da nutricionista Júlia Mendoza é separá-los na hora da montagem dos pratos. “Às vezes, colocamos tudo misturado numa mesma travessa e alguns alimentos, como o tomate, que liberam muita água, acabam contaminando os demais. O ideal é separar em porções para que depois fique mais fácil reaproveitá-los”, ensina.
Muito presentes nas entradas e nos pratos crus, as frutas, por sua vez, devem ser consumidas o mais rápido possível, evitando, assim, a contaminação e uma possível intoxicação alimentar. O motivo é a quantidade maior de água que contêm. O ideal é até um dia depois de servidas, sempre mantidas em geladeira. Boa opção para incrementar o almoço do 25 de dezembro.
Carnes
Já quando o assunto são as carnes, não há família que não se farte com uma bela peça de peru, chester ou com os tradicionais pernil e lombo, estrelas das mesas de fim de ano. Preparadas geralmente em grandes quantidades, elas são um prato cheio no dia seguinte da ceia ou importantes coadjuvantes na confecção de lanches rápidos, como os mini-sanduíches.
Sempre bom ter em mente que quanto mais gordura tiverem, mais bem conservadas ficarão, informa a nutricionista. Na hora do consumo, no entanto, retire a parte mais “suculenta” para manter a saúde em dia, adverte Júlia Mendoza. Congeladas, as carnes de porco e de ave podem ser consumidas até 50 dias depois do preparo. Experimente desfiá-las antes de armazenar para economizar espaço.
Outra alternativa inteligente é fatiar em pedaços menores antes de levar à mesa e servir somente o necessário naquele momento. Quanto menos contato com talheres ou até com outros ingredientes da ceia as carnes tiverem, mais bem conservadas ficarão e por mais tempo.
Na hora da “reciclagem” natalina (ou de Réveillon, se assim preferir) vale uma atenção especial também para o tradicional e popular salpicão. À base de maionese, que leva ovos crus no preparo, e, portanto, tem risco alto de contaminação, o prato típico desta época do ano deve ser consumido até sete horas depois de pronto – quando mantido fora da geladeira – e no máximo um dia depois, quando resfriado.
Além disso:
– Se não quiser consumir as frutas in natura novamente, congele-as, fazendo gelinhos para serem usados em drinks e bebidas, ou bata-as no liquidificador com água, fazendo um smoothie, refrescante e saudável.
– Além de sanduíches e farofas, carnes desfiadas reaproveitadas podem virar ingrediente principal de risotos e até de omeletes. Use as mais “sequinhas”, com pouca gordura, para manter as pazes com a balança.
– Sobremesas também podem ser consumidas com moderação para serem reaproveitadas depois. O segredo é congelar doces à base de frutas, como os de figo e de goiaba, e comer em até três dias depois de abertos e servidos os que levam chocolate e leite, com o famoso pavê.